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Estudante do Memórias em Rede cria projeto arquitetônico para sede do Instituto Devir Educom


Aluno do 8ºC, Emanuel Roberto se inspirou nas próprias oficinas educomunicativas ao projetar salas para debates, coletivas de imprensa, gravação de podcasts e cinema


Era uma quinta-feira que parecia ser atípica para as atividades do Memórias em Rede, na UME Avelino da Paz Vieira, bairro Vila Nova, em Santos. A escola estava com outro evento que envolvia todos os alunos, o que impactou a presença de alguns participantes do projeto. No entanto, logo cedo a equipe de educomunicadores foi surpreendida com um projeto arquitetônico da sede do Instituto Devir Educom feito pelo jovem Emanuel Roberto, do 8º C.


O assunto surgiu em um dos encontros, quando os gestores do Memórias verbalizaram o sonho de ter uma sede que pudesse receber os alunos e que tivesse espaços para uma convivência um pouco maior do que a de duas horas semanais que acontecem na escola. Na ocasião, de forma descomprometida, foi sugerido ao estudante Emanuel que fizesse um esboço de planta arquitetônica da sede do Instituto, já que ele demostrou interesse na ‘casa do Devir’.


A surpresa de todos foi que Emanuel levou a sério a proposta e desenvolveu, de verdade, seu projeto. Assim que os participantes foram chegando na sala da Justiça Restaurativa da escola, reservada naquele dia para as atividades do Memórias, o estudante explanou sua ideia projetada na tela da TV. Ele criou a planta em um programa em 2D e em 3D e, nela, incluiu salas para rodas de conversa e debates, coletivas de imprensa, gravação de podcasts e exibição de documentários e filmes, além de espaço de café, de lazer, da administração, cozinha e banheiros.


“Vai ter espaço onde podemos nos reunir para conversar e apresentar trabalhos. Para a sala de coletiva de imprensa, podemos trazer convidados, alguém importante. E como fazemos muita pesquisa para elaborar perguntas aos entrevistados, pensei nesse espaço com computadores igual ao de A Tribuna, que vimos quando fomos visitar o jornal. Podemos fazer a mesma coisa”, disse o estudante, que também pensou em detalhes importantes como bebedouros, poltronas confortáveis e uma arara na porta de entrada para os participantes deixarem alguns pertences.


SONHO COLETIVO

Sua apresentação impactou sobremaneira os demais colegas que, atentos a todos os detalhes, refletiram e contribuíram com mais ideias agregadoras. “Ver a apresentação dele me fez ter várias ideias de fazer arte no local, como colocar quadros ou pinturas nas paredes”, falou Lucas Lima, do 8º C, estudante premiado do Arte na Capa, concurso promovido pela Secretaria de Educação (Seduc) de Santos.


Para o aluno Daniel Luiz, também do 8º C, uma sede pode expandir o projeto para mais escolas. Já Vitória Queiroz, do 8º A, disse “achei bem legal todos os cantos, principalmente o espaço do podcast para falarmos mais do Memórias em Rede, além da cozinha e do cinema para vermos algum documentário”.


A apresentação do projeto da sede tornou a oficina um momento de emoção. “Ele acendeu ainda mais, em nós, o desejo de ter a casa do Devir. E nada mais coerente com a Educomunicação do que construir esse espaço de forma coletiva, com as mãos e as ideias dos estudantes”, disse a gestora e educomunicadora do Devir e do projeto, Andressa Luzirão, que se emocionou, na ocasião, ao lado dos também gestores e educomunicadores Carlos Guimarães e Luana Magalhães.


“Essa atitude mostrou, além da criatividade e do talento do adolescente, o quanto o projeto Memórias em Rede tem significação em sua vida e na de todos ali presentes. Percebemos, cada um de nós, que o sonho pode ser de todos quando o pensamento é coletivo. E que o diálogo é a força que impulsiona a realização desses sonhos”, completou a também gestora do Instituto, Ivone Rocha.

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