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Memórias em Rede é ampliado para escolas públicas da Região Central e Zona Noroeste de Santos

Atualizado: 27 de set. de 2021

Instituto Devir Educom firma parceria com a Fapetec para investimentos no projeto, que leva oficinas de jornalismo, memória e educação midiática para estudantes dos ensinos Fundamental e Médio e da Educação de Jovens e Adultos (EJA)



Tease que celebra a parceria entre o projeo Memórias em Rede e a Fapetec

Parceria firmada entre o Instituto Devir Educom e a Fundação de Apoio a Pesquisa, Ensino, Tecnologia e Cultura (Fapetec) possibilita a ampliação do projeto Memórias em Rede para quatro escolas públicas de Santos-SP, localizadas no Centro Histórico e na Zona Noroeste. A iniciativa, que leva o jornalismo, a educação midiática e aspectos da memória individual, coletiva e social para espaços formais e não-formais de ensino, atua na perspectiva da Educomunicação, na interface entre a Comunicação, a Educação e a Cultura, visando o protagonismo do estudante do século 21.


O projeto do Devir Educom, que já havia sido realizado nos anos de 2018 e 2019 nas escolas municipais Avelino da Paz Vieira e Mário de Almeida Alcântara, passa a ser subsidiado com recursos financeiros da Fapetec, instituição com 18 anos de atuação em Santos e outras cidades brasileiras. A parceria também ocorre em interlocução com o Conselho Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente (CMDCA), as secretarias municipais de Educação (Seduc) e de Desenvolvimento Social (Seds) de Santos e a Diretoria de Ensino - Região Santos. O objetivo é contribuir com a reversão da maior problemática enfrentada por escolas públicas e famílias em vulnerabilidade social: a evasão escolar e a violação de direitos de crianças e adolescentes, um reflexo da crise de saúde pública mundial provocada pela covid-19.




As quatro instituições de ensino contempladas são as unidades municipais de Ensino (UMEs) Vinte e Oito de Fevereiro (Saboó), Avelino da Paz Vieira e José Bonifácio (ambas no bairro Vila Nova) e a Escola Estadual (EE) Zulmira Campos (Castelo). Nessa nova fase, o projeto começa em setembro e compreende as seguintes etapas: diagnóstico das escolas, formação on-line em Educomunicação aos profissionais das instituições de ensino contempladas e oficinas de escrita criativa, fotografia, rádio, vídeo e mídias sociais aos estudantes.


CONTRIBUIÇÃO À EDUCAÇÃO PÚBLICA


Ao todo serão 80 estudantes dos ensinos Fundamental e Médio e da Educação de Jovens e Adultos (EJA) beneficiados, além de 60 profissionais das escolas, que receberão certificado da formação. Também haverá vagas para educadores dos serviços de acolhimento da Seds. O objetivo é que as ações do projeto impactem cada escola como um todo, valorizando o conhecimento e a história das pessoas da comunidade escolar, fortalecendo a autoestima, o sentido de pertencimento, o desempenho escolar e o reconhecimento da importância da escola para a formação de valores e novas perspectivas de vida. O intuito é ainda valorizar os profissionais que atuam nessas instituições como importantes agentes da educação.


“Com essa parceria ampliamos nossa contribuição à escola pública e à educação dos novos tempos por meio da Educomunicação. Defendemos o jornalismo na escola como exercício de cidadania, prática de escuta ativa e combate à desinformação. Nosso desejo é traçar uma cartografia afetiva das escolas e dos territórios com o protagonismo desses estudantes”, comemora a presidente do Instituto Devir Educom, a professora e jornalista Andressa Luzirão.



VALOR EDUCACIONAL E CULTURAL


Para o coordenador pedagógico da Fapetec, o professor Antônio Carlos Kobori, a parceria com o Instituto Devir Educom contempla os valores da fundação, centrados na ampliação do ensino e no compartilhamento de novas perspectivas de aprendizagem para o estímulo ao senso crítico. “A Educomunicação é uma vertente que pode agregar muito aos alunos e profissionais da educação. Vivemos em um mundo cercado por informações. Saber como selecioná-las e interpretá-las desenvolve a autonomia dos estudantes, contribui com a democratização de acesso aos conteúdos, além de fazer parte do conjunto de metodologias ativas, que são tão importantes para a formação nos dias de hoje”, diz.


Kobori ainda comenta que a educação midiática trabalha com o comportamento das novas gerações, hiperconectadas, a partir da identificação de conteúdos e informações precisas, combatendo os cenários de desinformação. “Entender o comportamento da mídia, saber como as informações são veiculadas e tratadas, tudo isso ajuda na formação cidadã, na consciência social e na responsabilidade com o que é dito, falado e escrito”, comenta.


O gestor de projetos da Fapetec, Nilton Rodrigues, diz que o “Memórias em Rede” tem muito a contribuir com a formação cidadã, principalmente na era da informação e com a velocidade de publicação de notícias. “A “verdade” é uma matéria que está sempre em ordem! A velocidade com que as notícias são divulgadas é um dos maiores benefícios adquiridos pela humanidade, porém, assim como produz benesses, em muitos casos leva à desinformação e muitas pessoas sofrem com os prejuízos das ditas fake news. Este é um grande mal que precisa ser combatido permanentemente”, reforça.


A Fapetec vê no projeto “Memórias em Rede” um grande valor educacional e até mesmo cultural. “A ação de produzir ensinamentos do jornalismo nas faixas etárias educacionais é muito importante, principalmente aos alunos do ensino fundamental, onde há uma grande receptividade à educação e um caráter em formação”, afirma Nilton.



METODOLOGIA DO CÍRCULOS



O projeto leva o jornalismo à escola em consonância com a Base Nacional Comum Curricular (BNCC), atuando com estudantes na função de repórteres, que tecem e ressignificam suas histórias afetivas e a de cidadãos comuns na relação direta e indireta com a cidade e seus mais distintos lugares, a começar pela escola. Conduzida pela Metodologia dos Círculos, criada pelo Devir Educom, a iniciativa trabalha nas perspectivas do Eu, da Escola, da Família e do Território, visando um aprendizado significativo e contextualizado com a realidade dos estudantes, de modo que sejam protagonistas na construção coletiva do conhecimento e que desenvolvam e/ou fortaleçam o senso de pertencimento por onde vivem e estudam.


Para isso, o projeto utiliza-se de recursos da Comunicação e da tecnologia como canais de expressão e exercício de cidadania em diferentes linguagens, desenvolvendo consciência crítica e responsabilidade social nos alunos quanto ao uso e ao consumo responsável das distintas plataformas de mídia, entendendo-as como partes da cultura contemporânea. As oficinas trabalham, de forma lúdica, a técnica jornalística, com as funções relacionadas, como repórter, editor, pauteiro, fotógrafo, produtor, apresentador etc.





DEVIR EDUCOM


Criado em junho de 2018, sob o pilar da Educomunicação, o Instituto atua em várias frentes e ações na educação formal e não-formal, envolvendo crianças, jovens e adultos. Tem como objetivo contribuir com a construção de ecossistemas comunicativos mais horizontais, dialógicos e criativos no ambiente escolar e com processos de aprendizagem mais significativos nos distintos formatos de sala de aula, tão requeridos pela educação atual.


Entre suas ações, além do Memórias em Rede, o Instituto tem em seu escopo projetos como Papo de #Educomunicação (lives mensais com educadores e especialistas sobre temas que afetam a escola e espaços não-formais de ensino), (RE)Aproveitar (que atua na sustentabilidade dentro das escolas), Cinescola (levando o cinema para a reflexão de alunos e demais membros da comunidade escolar), formações, entre outros.



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